Caros clientes,

No mês de junho, ocorreram diversas devoluções cujas cargas apresentaram semente tóxica de Xanthium strumarium, popularmente conhecida como carrapichão  e, com o objetivo de esclarecer e justificar a devolução do veículo seguem comentários:

Apoiada na IN 15 do MAPA, nos deparamos em seu item 5 com o seguinte texto conforme abaixo:

5 – TOLERÂNCIAS: para verificação dos parâmetros relativos às condições higiênico-sanitárias da soja grão, serão admitidos como limites máximos na amostra. 

5.1 – Presença acidental de partículas de origem vegetal com toxicidade desconhecida: 1 (uma) partícula por quilo, na média ponderada das amostras coletadas nos dispositivos de que tratam os itens 8.3 a 8.6 desta Instrução Normativa;

Ou seja, não precisamos elencar quais são todas as sementes ou partículas tóxicas para rejeição da carga. A simples presença de uma partícula vegetal de qualquer origem que nós é desconhecida em 1 quilo de amostra já desqualifica a carga. Para fins contrários (aceite da carga) é necessário conhecer a não toxidade desta partícula/semente.

Além disso, armazenamos em pool e precisamos garantir a isenção de partículas tóxicas na carga devido o país de destino: Rússia, onde não é permitido semente de algodão, Comunidade Européia que condena cargas com mamona, China que restringe presença de partículas tóxicas do carrapicho, mamona e semente tratada, isso baseado nas instruções documentárias e legislação pertinente ao país de destino.

Diante disso o plano HACCP do Terlogs (pg. 9) prevê a desclassificação da carga para a presença das seguintes sementes tóxicas:

Mamona – Ricinus communis L.
Toxina: Ricina

Fedegoso: Cassia ocidentalis
Toxina: N- metilmorfolina (alcalóide) e oximetilantraquinonas (albumina)

Carrapichão: Xanthium strumarium
Toxina: carboxyatractyloside

Semente de algodão: Gossypium hirsutum
Toxina: gossipol

 Estas são as que conhecemos, esperamos que logo o MAPA emita uma relação das sementes tóxicas que podemos encontrar nos produtos soja e milho.

Vale lembrar também que a devolução de um veículo só acontece depois de efetuarmos uma segunda amostragem e classificação com uma terceira parte, com o objetivo de certificar a presença/ausência da semente.

Para esclarecimentos temos identificado semente tóxica de carrapicho nas cargas das seguintes origens: Muitos Capões, Capão Bonito do Sul, Campos Novos, Santo Expedito, Curitibanos, Joaçaba, Imbituva, Palma Sola, Machadinho, Campo Erê, São José do Ouro e Pinhão-PR.